segunda-feira, 1 de abril de 2013
A implosão da mentira
Mentiram-me. Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.
E mentem de maneira tão pungente
que acho que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impune/mente.
Não mentem tristes. Alegremente
mentem. Mentem tão nacional/mente
que acham que mentindo história afora
vão enganar a morte eterna/mente.
Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases
falam. E desfilam de tal modo nuas
que mesmo um cego pode ver
a verdade em trapos pelas ruas.
Sei que a verdade é difícil
e para alguns é cara e escura.
Mas não se chega à verdade
pela mentira, nem à democracia
pela ditadura.
Affonso Romano de Sant'Anna
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5 comentários:
Boa escolha a deste poema satírico que retrata perfeitamente o que são os politiqueiros de hoje.
Um bjnho.
Na verdade
Uma característica cada vez mais comum entre os políticos actuais...
Cumps
O regresso da poesia para abafar a mentira.
2 beijos para Meg, um pela verdade, outro pela poesia
Bons posts te vejam!!!
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